O ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró afirmou que a campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, em 2006, teria recebido propina de aproximadamenteR$ 50 milhões
O valor teria se originado de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África, em 2005. As informações são do jornal Valor Econômico de hoje (18)
Cerveró repassou a denúncia para investigadores da Operação Lava-Jato antes de fechar acordo de delação premiada, assinado em novembro de 2015. Ele afirmou que soube das informações através de Manuel Domingos Vicente, ex-presidente do conselho de administração da estatal petrolífera angolana (Sonangol) e atual vice-presidente do país.
“Manoel foi explícito em afirmar que desses US$ 300 milhões pagos pela Petrobras a Sonangol, companhia estatal de petróleo de Angola, retornaram ao Brasil como propina para financiamento da campanha presidencial do PT valores entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões”, disse um anexo elaborado pelos advogados de Cerveró e obtido pelo jornal Valor Econômico.
Cerveró também informou que a negociação teria sido conduzido “pelos altos escalões do governo brasileiro e angolano” e que o representante brasileiro era o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ele não detalha no documento como se deu a negociação e nem por meio de qual operação financeira os recursos teriam regressado ao Brasil para abastecer o suposto caixa dois da campanha de Lula.