Fábio Luís Roque, caminhoneiro e uma das lideranças do Comando Nacional do Transporte (CNT), reforçou nesta hoje (9/11) que o grupo não pretende estabelecer nenhum tipo de diálogo com o governo federal para levar reivindicações dos transportadores autônomos a Brasília.
“Não queremos contato”, disse ao serviço de notícias da Agência Estado.
Diferente de mobilizações anteriores da categoria, desta vez o objetivo principal do movimento é provocar a saída da presidente Dilma Rousseff. O CNT está organizando a paralisação iniciada nesta segunda-feira em várias regiões do Brasil.
“A pauta dos caminhoneiros existe, mas não é negociada com este governo podre, que já sinalizou que não vai atender (aos pedidos da classe) e aumentou o óleo diesel duas vezes este ano”, falou. Tradicionalmente, os caminhoneiros defendem, entre outras coisas, o tabelamento dos preços do frete, a redução do valor do diesel e a melhoria das condições das estradas.
Um outro caminhoneiro da cidade de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Su,l disse que a paralisação é por tempo indeterminado e não tem volta.
“Ou ela (Dilma) renuncia ou vai para o impeachment. Daí sim, quando o governo que está agora sair, vamos começar a tratar da nossa pauta”, afirmou.