O FDA (Food and Drug Administration) autorizou os médicos do país a usarem plasma do sangue de pacientes que se recuperaram do coronavírus para tratar aqueles que estão em estado grave.
No comunicado, o órgão anunciou que o método só poderá ser usado em pacientes que se encontram em estado crítico e cujas vidas estão em perigo.
Os médicos que terão de pedir autorização prévia.
O processo, conhecido como terapia derivada do plasma ou “plasma convalescente”, envolve médicos que testam o plasma de pessoas que se recuperaram para detectar anticorpos contra o vírus e depois injetam esse plasma, ou um derivado dele, na pessoa doente.
A medida é um “grande passo”, disse o Dr. Arturo Casadevall, chefe de microbiologia molecular e imunologia da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, que defendia o tratamento com plasma.
“Ele tem uma alta probabilidade de funcionar … sabemos que, de acordo com a história, há boas possibilidades”.
Os tratamentos com utilização de plasma são utilizados desde 1900 para tratar doenças infecciosas como a gripe e, mais recentemente, o Ebola.
A China usou esse tratamento em 19 pacientes positivos e declarou que está funcionando, embora os médicos americanos ainda não tenham visto os dados subjacentes.
Casadevall disse que é bastante seguro, mas sempre há riscos, mesmo que alguém transmita um patógeno que não foi identificado anteriormente.
Em 2009, disse ele, houve um estudo para tratar a gripe usando plasma, mas alguns pacientes já estavam doentes demais para que os anticorpos funcionassem.