Funciona ou não funciona?
(G1) O laboratório alemão BioNTech, parceiro da americana Pfizer na produção da vacina contra a Covid-19, anunciou hoje (22) que pode fornecer em seis semanas uma vacina adaptada à nova cepa do vírus registrada no Reino Unido.
“Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas”, disse Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão.
E continuou:
“A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação”.
Pergunta de leigo:
E quem já se vacinou? Não estará protegido da nova cepa?
Em entrevista à DW, Sahin diz que, apesar de a nova cepa ter várias mutações, apenas 1% da proteína spike, equivalente a um espinho na superfície do vírus que se prende e invade as células humanas, foi alterada.
“O que significa que 99% ainda é igual. E sabemos que a resposta imunológica provocada por nossa vacina ataca essa proteína em diversos locais, então a probabilidade é alta que a vacina funcione”, afirma.
Analisando os fatos:
Se a vacina (já aplicada em milhares de pessoas pelo mundo) protege em 99% dos casos (mutações), conforme citado no parágrafo acima, qual a necessidade de produzir uma nova vacina adaptada à nova cepa (primeiro parágrafo)?
Deu pra entender a contradição, caro internauta?
AstraZeneca
(Reuters) A farmacêutica britânica AstraZeneca disse à Reuters, nesta terça-feira, que sua vacina contra Covid-19 deve ser eficaz contra a nova variante do coronavírus, acrescentando que estudos estão em andamento para investigar o impacto da mutação.
“A AZD1222 (vacina candidata da AstraZeneca) contém o material genético da proteína spike do vírus Sars-CoV-2, e as alterações no código genético vistas nesta nova cepa viral não parecem alterar a estrutura da proteína spike“, disse um porta-voz da AstraZeneca.