“Isso é guerra” declarou o médico que a lidera pesquisa pela vacina contra o coronavírus
Dr. Richard Hatchett, diretor da CEPI (Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias), disse que os governos precisam adotar uma resposta ‘agressiva’ para combater o vírus … ele explicou que poderá levar de 12 a 18 meses para desenvolver uma vacina e o custo ficará acima dos 2 bilhões de dólares.
“É a doença mais assustadora que já encontrei” revelou o médico britânico.
O número de casos de coronavírus no Reino Unido subiu para 164, sendo 2 vítimas fatais.
Ao anunciar um investimento de 46 milhões de libras para a criação de uma vacina, Boris Johnson, – primeiro-ministro – pediu aos britânicos que se preparem para uma “interrupção substancial em suas vidas” que poderá durar meses.
Johnson alertou que, mesmo com recursos extras, a vacina não estará pronta antes de um ano.
O Dr. Hatchett disse que o que estamos vendo é um vírus ‘muitas vezes mais letal que a gripe’ e uma população ‘completamente vulnerável a ela’, pois ele teme que possa explodir ainda mais em todo o mundo e no Reino Unido.
Ele citou a fala de um funcionário da Organização Mundial da Saúde que retornou da China e descreveu a situação como “estado de guerra”.
“Não acho que seja uma analogia louca comparar isso com a Segunda Guerra Mundial. A OMS está usando esses termos. Eles viram o que esse vírus é capaz de fazer.”
“Trabalho com a preparação para epidemias há cerca de 20 anos … esta é a doença mais assustadora que já encontrei em minha carreira … incluindo o Ebola, o MERS e a SARS.”
“Acho que a coisa mais preocupante sobre esse vírus é a combinação de infecciosidade e a capacidade de causar doenças graves e/ou morte”.
“Esses vírus têm altas taxas de mortalidade, quero dizer, a taxa de mortalidade do Ebola em alguns lugares é superior a 80%. Mas eles não têm a infecciosidade que o COVID-19 possui. Eles [Ebola] não têm o potencial de explodir e se espalhar globalmente.”
Hatchett também declarou que não presenciava um vírus como esse desde a gripe espanhola de 1918, que estima-se ter matado entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas.