Durante séculos, a Igreja Católica Romana tentou esconder sua história
De todas as narrativas que foram suprimidas pelo Vaticano ao longo dos milhares de anos, uma delas em especial se recusa a desaparecer.
Para uma Igreja conservadora e que ainda trata as mulheres como subordinadas, é uma fonte de considerável de constrangimento assumir que uma mulher possa ter comandado a maior estrutura religiosa de todos os tempos.
O Vaticano assegura que Joana era uma figura lendária e teria surgido através de boatos plantados pelos primeiros protestantes com o objetivo de embaraçar e desacreditar Roma.
A história tem várias compreensões.
Alguns relatos sugerem que Joana foi uma jovem oriental nascida em Constantinopla que se passou por homem com o intuito de ampliar seus conhecimentos, já que na ápoca os estudos eram restritos aos homens.
Possuindo uma vasta sabedoria em filosofia e teologia, ela teria se apresentado como monge ao chegar em Roma.
Doutores da Igreja se impressionaram com suas capacidades intelectuais.
O mesmo relato conta que, após a morte do papa Leão IV, Joana teria conquistado o papado e passou a ser tratada com o nome de João VII.
Anos depois, Joana teria engravidado de um membro da Guarda Suíça, com quem mantinha relações secretas.
A gravidez foi acobertada por alguns meses devidos aos trajes papais, que eram largos e confortáveis.
Em meio a uma procissão, conta a versão, a Papisa foi atacada pelas fortes dores do parto e acabou por dar à luz em uma rua estreita, tendo uma multidão como testemunha.
Revoltadas, as pessoas que teriam testemunhado o fato reagiram e declararam que o trono de São Pedro tinha sido profanado.
Joana foi condenada à morte e apedrejada até seu último suspiro.
No mesmo trajeto em que ela deu à luz, foi erguida uma estátua com a figura de uma mulher carregando uma criança em seus braços.